Quando pequena eu já me sentia diferente. Eu amava ler e escrever. Quando a bibliotecária entrava na sala do prézinho com aquela caixa cheia de livros eu me perdia escolhendo qual levaria para a casa. Aqueles cadernos de caligrafia? Eu me divertia completando... Estranho não? Não para uma criança que nasceu com vontade de descrever o mundo de uma forma diferente. Nada estranho para quem já tinha um olhar diferente sobre o mundo e precisava expressar isso de alguma forma. E a forma encontrada foi: escrevendo. Para quem não tem o hábito nem o dom escrever chega a ser um "porre", uma grande perda do tempo que há para viver. No meu caso escrever é um grande ganho de tempo, eu ganho tempo de conhecimento e até de entretenimento. Escrever para mim é diversão. Escrever virou um refúgio há muito tempo atrás. Eu já não conseguia dizer o que sentia e na escrita achei uma fuga. Era incrível como eu me entendia quando lia um texto que produzira. Estava tudo ali. A minha alma estava naquele texto. Tudo o que era subjetivo se transformava em matéria, era o fenômeno da subjetividade apresentada em letras, palavras, expressões, era eu em um texto. E com o tempo isso se intensificava...
Encontrar pessoas que se identificam com o que escrevo é encontrar companhias verdadeiras de vida. Companhias que entendem e se encontram no que ali está escrito. Companhias que até amizade podem virar, porque verdadeiros amigos são esses que entendem a alma de quem fala. Escrever traz suas alegrias e também suas dores e quem escreve tem que saber lidar com os dois extremos. No início pode ser difícil, mas com o tempo lidar com isso se torna natural...
Por que escrever era tão mágico? Por que em palavras eu me expressava tão bem? A resposta eu não sei, é simplesmente isso: em um texto eu me transporto para o fundo do meu ser e me apresento para quem quiser ver.
A verdadeira alegria de ser uma escritora (se é que assim posso me denominar) é poder me expressar e encontrar pessoas que se identificam com o que escrevo, encontrar pessoas que sentem o que eu senti quando escrevi ou pelo menos uma pequena porcentagem do que senti naquele momento. A maior alegria é chegar até as pessoas. Antigamente eu escrevia só pra mim, sempre com o meu caderninho e pronto. Agora eu escrevo pra mim e pro mundo. A má notícia é que ser uma escritora também traz suas dores e a maior delas é, talvez, a solidão. Quem escreve se isola um pouco do mundo, a pessoa precisa de paz e silêncio para se jogar ali nas folhas de papel, ela precisa estar sozinha para se expressar em palavras e derreter suas ideias. Sim, a solidão nos acompanha. Mas é graças à ela que me expresso verdadeiramente e assim deixo de me isolar para ir até vocês. É controverso e é verdadeiro, depois da solidão para escrever vem a companhia dos que leêm.Encontrar pessoas que se identificam com o que escrevo é encontrar companhias verdadeiras de vida. Companhias que entendem e se encontram no que ali está escrito. Companhias que até amizade podem virar, porque verdadeiros amigos são esses que entendem a alma de quem fala. Escrever traz suas alegrias e também suas dores e quem escreve tem que saber lidar com os dois extremos. No início pode ser difícil, mas com o tempo lidar com isso se torna natural...
Ei, Carol! Me identifiquei com seu texto! Sou péssima em ficar falando, mas me de uma caneta e um papel que eu saio de orbita. Escrever é muito amor <3 Parabéns pelo blog! Bj, Bruna.
ResponderExcluirQue bom que se identificou. Apareça mais vezes, beijocas!
ExcluirMe sentia assim na adolescência.
ResponderExcluirO munfo era eu e minhas escritas...amava, mas de certa forma me isolava.
Bjim...
blog Usei Hoje
Sim, ainda hoje me isolo um pouco senão o texto não sai... Beijocas!
Excluirparecia que eu estava a ler sobre mim rsrsr super me identifico com o seu texto, posso nao ser boa a falar sobre os meus sentimentos, mas sempre entrego tudo em uma folha .
ResponderExcluirCom carinho, Hina | Aishiteru em Contos | MelanCria Html |
Aaah é muito bom ler comentários como esse para ver que meus objetivos com o blog estão sendo alcançados. Trazer o leitor pra perto, fazê-lo sentir-se em casa é ótimo.
ExcluirSou exatamente assim, meu caderno é meu maior ouvinte.
Beijocas!
Me identifiquei muito com suas palavras.
ResponderExcluirQuando era pequena não sabia como me expressar,as palavras que saiam da minha boca pareciam não bastar,até que depois de uma certa idade descobri como libertar minha palavras trancafiadas:pela escrita.
Quando eu olho aquela folha em branco coloco minha vida inteira convertida a uma história.
É realmente ótimo ficar horas e hora escrevendo e achar uma pessoa que se identifique.
Bjnhs
http://karoline-o-meu-melhor.blogspot.com.br/2015/07/pedra-e-flor.html
Exatamente como aconteceu comigo.
ExcluirSim, é maravilhoso e hoje em dia no mundo dos blogs é melhor ainda, pois podemos encontrar pessoas como você que se identificam com essa ideia do "dom de escrever".
Beijocas!
Muito bom o seu texto Carol e acredito que a maioria das meninas já passou por essas coisas também.
ResponderExcluirA única coisa que posso dizer é que escrever me salvou de quem eu não gostaria de ser.
Beijos linda
♥ Te Conto Poesia
Obrigada pelo elogio flor, que bom que gostou! Exatamente, linda sua frase!
ExcluirBeijocas!
Amei seu texto! Me identifiquei muuuuuito! Sempre ficava na maior expectativa para ir na biblioteca da escola pegar livros e não sabia qual levar pra casa... As aulas de redação, então... Sempre minhas preferidas! E criar o blog e escrever para o mundo, sinceramente, me resgatou do "fundo do poço"... foi meu refúgio num momento muito dificil da vida e sou muito grata por isso! E é por isso também que hoje escrevo: para salvar as outras pessoas! Amei seu blog, de verdade, já curti a fanpage para não perder nada! Ah, e obrigada por esse texto que me descreveu tão bem! www.vendoalemdoespelho.com.br
ResponderExcluirOlá Eryen, muito obrigada pelo carinho, fiquei muito feliz lendo seu comentário, consegui eu me identificar com você lendo o seu comentário. Também voltei com o blog numa fase que estava sendo difícil para mim...
ExcluirBeijocas